segunda-feira, fevereiro 20, 2006

terça-feira, fevereiro 14, 2006

QUE VOZ É ESSA?

"Pouco importa que os fatos sejam físicos ou morais; eles sempre
têm as suas causas. Tanto existem causas para a ambição,
a coragem, a veracidade,como para a digestão,
o movimento muscular e o calor animal.
O vício e a virtude são produtos químicos
como o açúcar e o vitríolo". Taine
,
Esses dias de ócio me levaram à reflexão...Que vontade de fugir, voltar para o útero... Alternativas fora de questão, mais por problemas operacionais que por falta de vontade...
Às vezes é preciso estar só, não isolado, mas confinado em si mesmo para perceber o que realmente pulsa dentro de você, aquela voz que insiste em em ser ouvida. Chata, inconveniente,persistente...Tapemos os ouvidos. Que barulho chato. Será que entrou água no meu ouvido enquanto tomava chuva? Vou parar de ouvir música alta no walkman. De nada adiantará, a tal voz vem de dentro. De dentro? De dentro do quê? Do vidro de maionese? Do pote de gelatina? Das entranhas? Ora, como se fechar de dentro pra fora? Como ignorá-la? Como compreendê-la? Queremos compreedê-la? Queremos ouvi-la? Muitas vezes não... Eu não!!! Até hoje! Senhor de si, cada um sabe quando é hora de parar e prestar atenção nessa vozinha insistente, não há data, horário, um sinal divino ou coisa que o valha, todos terão a sua hora, cedo ou tarde. Com licença, chegou a minha vez....
Beijo pra quem quiser!!!

EU, NA ILHA DE JACO EM TIMOR-LESTE

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Não somos figurinhas!!!

Oi, gente!!!

Em função de muitos acontecimentos, mas de poucos resultados proveitosos, resolvi postar esse conto que sempre uso no início do ano com meus alunos. Na verdade, mesmo depois de alguns anos, só pude entender a angústia da protagonista nos últimos dias... Começo de ano para professor é realmente uma lástima. Leia o conto e entenda o motivo.

Uma menina muito ressabiada. Era como se tivesse medo de gente. Família, padrinhos, vizinhos e professores não conseguiam entender o que a impedia de viver em paz com seus iguais.
"Mas o problema é justamente esse", gesticulava ela, amaciando com seus dedinhos o pêlo macio de seu gato magro, branco e preto — o Bandidão. "Não somos iguais, não somos iguais, é tudo mentira. Eu olho para a Pati, o Ivan, o Ademir, a Tatá e só vejo diferenças."
Os adultos se entreolhavam desanimados e pediam mais explicações. "Como diferentes, minha filha? Somos seres humanos, gente igual a você, iguais entre nós: duas pernas, dois bracinhos, dois olhos, uma língua, um cérebro, dez dedos na mão, dez no pé..."
Bandidão não estava nem aí para aquela conversa sempre tão óbvia. Entediado, deu um pinote, abandonando o colo de sua dona. Mas, ainda no ar, enquanto preparava suas patas para uma aterrissagem em segurança, ouviu sair dos lábios dela, também como um pinote, algo que a garota nunca havia dito: "E quem não tem duas pernas? Ou não escuta? Ou tem dois olhos mas um é de vidro? Ou é muito feio? Aí não é gente? Para ser gente não basta nascer? E os bebês, não são diferentes? Por que vocês insistem em me convencer de que somos iguais? Gente não é como figurinha, que nós arrumamos em fila, deixando de lado as amassadas e as rasgadas para decidir o que fazer com elas depois".
Bandidão estava emocionado. Entendera tudo, ora pois pois. A menina não tinha medo de gente. Acuada, sofria por outras razões. Faltava-lhe era coragem para discordar do pensamento dos adultos.
Confiante por ter conseguido, enfim, explicar sua angústia para os pais, ela experimentou uma sensação nova: sentiu pressa, muita pressa de ir para a escola. Pela primeira vez, sentia prazer em ser gente. Dedicou um último olhar de amor para Bandidão e seguiu pela rua.
Texto de Claudia Werneck
Beijo pra quem quiser !!!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Vamos ver quanto tempo vai durar!!!


Oi, pessoal
Estou inaugurando o meu novo blog. Não vou fazer promessas de postagens constantes, porque sei que não as cumprirei. Ficarei satisfeito em saber que sempre haverá uma visita, uma espiadela, assim, bem rapidinho, isso já me deixará feliz. Se junto da visita vier um comentário ficarei ainda mais feliz, mas se não for possível, ei de entender, afinal a vida está corrida para todos - esse jargão sempre funciona!
Beijo pra quem é de beijo e abraço pra quem é de abraço